O tempo

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Verso proseforme


1970_12_Untitled (Michelangelo Head with Drawers), circa 1970 - Salvador Dalí


E nunca mais eu senti o azedume cinzento de um dia sem palpitação acelerada e descompassada deste maracatu interno que se para muitos se chama: compasso ritmado e corriqueiro: coração, a mim vai além-mar; e nessa breve descrição de felicidade em titânio de balão, voa longe, voa azul, verde clarão que se acentua com pitadas de ventos, e lá pelas curvas da tempestade, tirar de dentro do meu bolso redeforme o intocável, indecifrável, cobiçado, sonheforme amor, e nunca há de ter fim toda constância perpétua do verbo: sentir!

Nos pequenos olhos dela, o grande segredo desse meu sorriso contido dentro de pedaços alimentados de sonhos,

e tomo bênção para a felicidade e ela diz: amém!

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