Salvador Dalí
Parte Final - À meia-noite na décima ponte do Caos
Lentamente se perdendo, ciclos diários de um vazamento constante
Talvez seja inaceitável ou imaginário, mas criamos nosso próprio fim
Dia após dia, meses após meses
Onde vai parar o amor depois da meia-noite?
Quando está no mundo errado, quando os deveres superam os sentidos
Ou todos estão errados ou todos estão cegos...
*"Um momento apenas pra viver, ou um só segundo pra lembrar"
Aqui vou eu novamente com minhas incoerências e meus mares
Tentando explicar a mesma coisa de sempre
Tentando mostrar cada segundo no prazer de viver
Tentando afirmar que ou tudo é amor ou tudo é em vão
A incompreensão não dói, mata essa forma obrigada de esforço mútuo-animal
Como se eu fosse obrigado a ser igual, como se tivesse que me matar para sobreviver,
lavo os dias, lavo as mãos, e deixo a vida se refazer
se te encontro por aí, se eu te vejo assim
vestido longo, sonhos de pingos
na chuva quer seria, eu por ti
sim, o fim chegou e por ti, eu seria
tudo que não posso ser de mim
que os versos se mostrem
que meu amor lhe mostre
estamos onde deveríamos
no mesmo momento do sonho anterior
estamos em ti
estamos em mim
estamos vivos sem fim...
e fui trilhando o infinito, sem saber do fim
fui buscando meu sim, em torno de um não
fui além de mim, e além dos sonhos
buscando meu sim, seria os mundos que tu queria?
e talvez, um dia, além de nós, além de mim
eu seremos enternamente enfim...
* marcelo camelo
*com ajuda da amiga Nayane
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