
The Hand - Salvador Dalí
Algo me evade: tortuosas silhuetas
Penteiam meus desejos encrespados
Quem? Vejo-te entre a rua e a esquina
Quem? Ouço-te em algaravias silenciosas
Quem? Triste boneco inutilizado?
Renuncio a verdade em troca de algo mais abstrato
Pra quê ser matéria orgânica se posso ser sua sombra
Cala-te infeliz, cata-te em teus próprios lençóis
Engulha esse azedume que agora é dumba-dengue
E permita-me uma vez mais evadir daqui (onde?)
Thiago A. Sarmento
Um comentário:
Dalí, poesia... qualquer coisa que eu diga é pequeno.
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