O tempo

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Meia-noite nas dez badaladas do sonho (tendências metafóricas)

Salvador Dalí - Barcelonese Mannequin, 1927



Serpente! Querida se sente, rumores são dementes!
Tortura! Usura? Postura? Tome mais um “sonho”!
Liberdade! Saudade é não ter a verdade de sentir desejos!
Quase desconhecido perante os olhos que me fitam no espelho
Que som é esse? “A Flauta Mágica”? Alguma sinfonia para pecar!
Cante mais um instante na doce sombra que te acompanha, vede?
Linho, sozinho era o menino que agora não é homem é “pequeno caminho”
Sorte ou certeza? Quiméricos campanários, dobrem, soem, morrem...
Sente-se querida não vedes que isso se fez de loucura e sonhos verdes?
Fuja querida, que quero-te bem perto da minha maior distância!
Sonhe querida, para que um dia acabe a te esquecer dentro deste véu sonífero!

Escutem, dentro de nós! “A Flauta mágica” e os vinte caminhos do alvorecer
Sem porque (por que?) dos porquês (por quê?) nada de tão surreal, apenas sozinho
E uma faísca de desejo rabiscas o que nem eu sei o que saberia se não o fosse irreal
Até um outro fim, adeus querida! Fuja, durma e em “suma” suma do seu aconchego


Thiago A. Sarmento

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa flauta mágica tem alguma coisa a ver com aquela história antiga dos ratinhos seguindo a flauta? Porque eu interpretei assim e até que fez um sentido, um sentido bem bonito, por sinal.

Desculpa a demora, andei ausente... Sabe como é, nem sempre nos sentimos capazes de escrever algo que preste, haha!

Um ótimo cantinho que você tem aqui, parabéns!

Anônimo disse...

'em “suma” suma do seu aconchego.'

gostei da forma como escreveu! Nítido, direto e poético.

obrigada mesmo pelo comentário no Versos de Falópio!

Beijos!

alineaimee disse...

Ótimas construções e belas imagens. Gostei.