Salvador Dalí
"um laço enlaçando as nuvens"
então, caminhemos e sorrimos
buscamos e não encontramos
dias perdidos em doses a mais
dias encontrados em traços sem fim
labirintos de papeis, saudades e tim-tim
a espera de uma forma de encontrarmos a saída
que saída? o orvalho trás quimeras invisíveis
o peito se aperta enfim, os dias se tornam inertes
acaso não seria necessário um bodoque para se arremessar?
para uma nova ilusão, uma nova fantasia
um novo vestido e um novo par de botas
você tenta um passeio na cidade
e não encontra nos milhares de olhares
o mesmo olhar que carrega consigo
mais uma dose, outro copo
aqui vamos nós, sem compreensão
encarar os seres vazios
desafiar o sol ou a lua
se perder novamente
e sempre distante de tuas mãos
era quando eu mais as queria
e sempre quando me dizia "adeus"
era quando eu espera um novo "oi"
então, nos breves congelamentos junto a ti
ficarei observando sua dança no horizonte
sempre querendo te trancar dentro do meu tabuleiro
a rainha, a fada, a dançarina encantada
vai e sejas feliz...
sempre será difícil para alguém que se perdeu
estar junto ao seu maior achado
de peito derramando
pés em desalinho
duro caminhar
forte sensação
sem abraços
sem sonhos
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