O tempo

sábado, 30 de abril de 2016

Entre as rótulas da lua






Salvador Dalí


era sonho
caminhávamos
sentíamos
queríamos
não, podíamos
então, um sorriso se fez
sombra

e a penumbra dos dias
formaram-se vislumbre do ser
estar e querer
quem poderemos ser?
as rótulas me diziam segredos
que a lua guardava

ninguém sentia mais que suposições
enfim tudo ía se esvaindo
um tudo dela desconectando
do meu querer infinito
então ela tomou:
todo amor
todo querer
ela pegou
e jogava no rio
de algum lugar
a esmo e sem parar
dia após dia
entre invenções do caos
e a constança guerra das pequenas coisas
e a grandeza do ser
a verdadeira emoção de estar vivo
a verdadeira sensação dos bons momentos
nada mais era
nada mais existia
quando passamos a trocar tampinhas
por uma caminhada no paraíso...


Nenhum comentário: